Estadão, por Conrado Hübner Mendes.
Conrado Hübner Mendes, professor de direito constitucional na Universidade de São Paulo, discute em seu artigo ao Estadão sobre os surtos agudos de primitivismo político que o Brasil tem vivenciado. Esse fenômeno não está determinado a debater ideias e propostas à luz de fatos e evidências, mas a agredir e desqualificar seus adversários.
Um exemplo de tal primitivismo é o deputado do PP que mobilizou o seu partido para pleitear a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. O deputado dispara constantemente ofensas contra as minorias e comentários racistas, homofóbicos, sexistas e elitistas, além de apelar para a religião e fé a fim de conquistar votos fundados na discriminação, prática pelo autor o autor dá a denominação de bolsonarismo.
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CF Comentada
CPC Comentado
Código Civil comentado
Processo Civil Moderno, volumes 1, 2, 3 e 4
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O bolsonarismo vai contra os princípios democráticos e os direitos fundamentais, incentivando a demagogia, a repressão da pobreza e o endurecimento da violência estatal. Para sobreviver a esses ataques, a democracia deve alijar as ideias que atacam a sua própria condição de existência, sem que isso ultrapasse a fronteira da liberdade de expressão.
Para isso, o autor defende a construção e manutenção de uma esfera pública que rotinize práticas democráticas, que seriam facilitadas pela multiplicação de espaços públicos nas cidades, onde se possa conviver com a diferença e apreciar a pluralidade brasileira. Além disso, segundo Hübner, a democracia se guarda por meio de líderes que, diante da baixa política e do medo da derrota eleitoral, tenham coragem de arriscar seus cargos em defesa dos princípios democráticos.
Veja a crítica na íntegra aqui
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