Fonte: G1 e Folha de São Paulo
Dalmir Franklin de Oliveira Júnior, juiz da Vara da Infância e da Juventude, fundou uma banda musical chamada Liberdade em parceria com jovens condenados a punições socioeducativas os quais ele mesmo condenou.
Os ensaios ocorrem no CASE (Centro de Atendimento Socioeducativo) e conta 80 participantes. Os instrumentos são todos doados e as aulas de ritmo e harmonia recebem a colaboração da comunidade e da Pastoral Carcerária da Comarca de Passo Fundo. O repertório da banda é composto por diversos músicos como Rappa, Titãs, Engenheiros do Hawaii e outros.
Dalmir atua como juiz desde 2001, é graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela PUC do Rio Grande do Sul (1997). E desde jovem, sempre foi apaixonado por música.
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O técnico de percussão da banda, Marcelo Pimentel considera que a música humaniza e aproxima as pessoas. De modo que, os jovens músicos se sentem mais humanos. “Nenhuma percussão deve ser tocada sozinha. Mas é preciso formar um conjunto. ”
Cleonice Aires, promotora da Infância, acredita que não importa qual ato infracional levou o adolescente a cumprir aquela pena, no momento do ensaio todos são iguais.
Segundo os adolescentes, os ensaios têm o poder de eliminar todas as energias ruins e criar sentimentos bons. Ao se apresentarem com a banda, eles foram aplaudidos e reconhecidos por algo pela primeira vez na vida.
Gabriel Moreira conta que música mudou a sua vida. Para ele, a atividade de entretenimento é válida, positiva e necessária. “Talvez até surja um novo talento, uma nova carreira” dentro do Case. Ele escreve músicas para se expressar, em um de seus trechos afirma “Não critique juiz pela sentença que ele te deu, pois o 257 não foi ele quem cometeu, mas você. ”
Para Cristiano Cardoso, é essencial que a aquele que condena, também acompanha, apoia e ajuda a reinserir o infrator na sociedade. Assim, a distância entre o transgressor e o juiz é diminuída.
Osvandré Gonçalves de Assis é um exemplo de jovem que sempre sonhou tocar instrumentos, e hoje, já liberado do Case, sonha cursar direito e ser advogado.
O maior objetivo do projeto é mostrar ao jovem uma outra dimensão, um caminho alternativo. Eles já são responsáveis e respondem pelas consequências de seus atos. A música é uma forma comunicação, expressão e identificação. Ela permite que os jovens sejam aceitos socialmente e não vistos como delinquentes. O próximo passo para o juiz, é expandir o projeto para também acolher egressos.
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Fonte: G1 e Folha de São Paulo.
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